Wando morreu na manhã desta quarta-feira (8). O cantor estava em um hospital em Nova Lima (MG), região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ele teve uma parada cardíaca.
Aos 66 anos, Wando vinha sofrendo de complicações cardíacas. Ele estava internado desde o dia 27 de janeiro no Biocor Instituto, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O músico teve diagnosticado o entupimento de três artérias coronárias e foi submetido a duas cirurgias. Wando chegou a ficar em estado grave, na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos.
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No domingo (5), a assessoria de imprensa do hospital divulgou que ele havia acordado bem-humorado e se comunicado por gestos. Ele não estava falando porque foi submetido a uma traqueostomia para auxilar na respiração e poupar a voz. Segundo os médicos, as cordas vocais não haviam sido afetadas com o procedimento.
Em entrevista ao "Fantástico", a mulher de Wando, Renata Costa Lane e Souza, falou sobre a fé do marido. "Ele aguentou, ele quis dar conta, porque o Wando é uma pessoa muito determinada, ele gosta de viver, ele ama o que faz."
O cantor também enviou um bilhete aos fãs por meio do programa dominical. "Estou na oficina de Deus arrumando a turbina. Me aguardem", escreveu.
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Segundo informações da Rede Record, Wando era sedentário e não tinha bons hábitos alimentares, sendo muito fã de gordura e carnes, o que teria acarretado problemas cardíacos. Quando deu entrada no hospital, o cantor estava pesando 110kg, 30kg a mais do que os médicos tinham recomendado. Apesar de tais abusos, Wando não fumava ou ingeria bebidas alcoólicas.
Calcinhas no palco
Wanderley Alves dos Reis nasceu em 2 de outubro de 1945, na cidade de Bom Jardim, em Minas Gerais. Anos depois, mudou-se para Juíz de Fora, onde ganhou o apelido carinhoso da avó.
Em Minas Gerais, passou a tomar aulas de violão erudito e montou uma banda em Congonhas, tornando-se uma figura bem popular na região. Após mudar para o Rio de Janeiro, foi feirante, caminhoneiro e até entregador de leite de porta em porta. Romântico assumido, passou a compor canções de amor e foi descoberto por agentes de rádio em 1973, quando estourou com a música "Nega de Obaluaê".
Curtindo o sucesso, agora em São Paulo, lançou, também na década de 70, o inconfundível hit "Fogo e Paixão", quando passou a conquistar os corações das mulheres e a ganhar suas calcinhas sempre que se apresentava. Ao contrário de outros cantores, que ignoravam as peças íntimas jogadas pela plateia, Wando as cheirava e dizia que sentia "um perfume inconfundível". A partir daí, as calcinhas "perfumadas" tornaram-se sua marca registrada.
Após a notícia da morte se espalhar pelas redes sociais, fãs do cantor postaram imagens de calcinhas em sites como o Facebook e o Twitter. A cantora do Belém do Pará, Gaby Amarantos, chegou a brincar: "Esse homem sabia o valor de um café coado na calcinha".
Discografia:
Gloria a Deus e Samba na Terra (1973)
Wando (1975)
Porta do Sol (1976)
Ilusão (1977)
Gosto de Maçã (1978)
Gazela (1979)
Bem-vindo (1980)
Pelas Noites do Brasil (1981)
Fantasia Noturna (1982)
Coisa Cristalina (1983)
Vulgar é Comum é Não Morrer de Amor (1985)
Ui-Wando Paixão (1986)
Coração Aceso (1987)
O Mundo Romântico de Wando (1988)
Obsceno (1988)
Tenda dos Prazeres (1990)
Depois da Cama (1992)
Mulheres (1993)
Dança Romântica (1995)
O Ponto G da História (1996)
Chacundum (1997)
Palavras Inocentes (1998)
S.O.S. de Amor (1999)
Picada de Amor (2000)
Fêmeas (2001)
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